Ex-office boy faz sucesso com escola online


Por Monise Vieira em 09/03/2015 | Ensino Virtual | Comentários: 0

Fonte: revistapegn.globo.com

Ex-office boy faz sucesso com escola online

Quando Severino Félix da Silva tinha apenas cinco anos, sua família decidiu deixar Ingá do Bacamarte, na Paraíba, para tentar a sorte no Rio de Janeiro. O ano era 1960 e como milhares de outros migrantes daquela época, eles buscavam uma vida melhor. Naquele momento, Félix não imaginava que se transformaria em um empreendedor de sucesso. Aos 60 anos, ele comanda a Escola 24 Horas, um dos maiores grupos de educação a distância do país.A vontade para empreender começou a surgir aos 15 anos, quando Félix começou a trabalhar no Rio de Janeiro. “O office boy aprende muito de relacionamento, pois está em contato constante com todos na empresa, desde os secretários até o CEO”, diz. Para ele, quem sabe aproveitar a oportunidade, consegue fazer contatos e ouvir dicas preciosas.

Aos 18 anos, o empreendedor entrou na faculdade de economia e, graças ao curso, começou a trabalhar na área de educação. No dia a dia do trabalho, acabou percebendo oportunidades para abrir seu primeiro negócio, ainda antes da Escola 24 Horas.

O sucesso que vem da internet

No final dos anos 90, quando a internet ainda era um terreno pouco explorado, Félix decidiu apostar na tecnologia para ampliar os negócios. “Na época, o potencial da web era incerto, mas eu acreditava”, afirma. Nascia então a Escola 24 Horas – um site em que os alunos podiam enviar dúvidas direto para os professores.Como o nome sugere, o objetivo do serviço é reproduzir com fidelidade na internet o ambiente de uma escola, como se ela estivesse aberta 24 horas por dia. O maior diferencial está no plantão de dúvidas, para alunos desde a educação infantil até o pré-vestibular, incluindo o ENEM. O portal oferece aulas virtuais e uma biblioteca, com material didático próprio e links para outros sites. O conteúdo ainda é reforçado por blogs, podcasts, salas de bate-papo, notícias e colunistas na área de educação. Para as escolas, há um banco de perguntas, usado por professores na preparação de avaliações e uma área de exposição de fotos das atividades dos estudantes. Outro espaço é reservado para divulgação de notas e comunicados aos pais.

Mas nem tudo foi um mar de tranquilidade na trajetória empreendedora de Félix. Por muito pouco o negócio não faliu. “O Brasil ainda construía sua estrutura para internet. Muitas pessoas não tinham acesso e a conexão era cara e lenta, o que dificultava a entrada no site”, afirma o empreendedor.

A empresa sobreviveu com poucos alunos até meados de 2000, quando uma oportunidade apareceu: um investimento de US$ 3 milhões do Banco Mundial. Tudo começou quando um jornalista francês escreveu para o jornal Libération uma reportagem sobre a Escola 24 Horas. Por uma coincidência, um executivo americano do Banco Mundial estava na França e leu o artigo. Interessado pela ideia, ele conversou com outros executivos do órgão internacional e agendou uma visita à empresa. Algumas semanas depois, as negociações foram concluídas e o Banco Mundial passou a ter uma participação de 25% no negócio.

O Banco Mundial ficou no negócio por quatro anos e depois vendeu sua participação de volta a Félix. Mesmo passando por momentos de incerteza, o negócio cresceu. Atualmente, tem 500 mil alunos por mês e fatura R$ 20 milhões por ano.

Para ter acesso à Escola 24 Horas, os alunos pagam uma anuidade de R$ 149. Diversas empresas, como Marabraz e IBM, também se tornaram clientes do site e oferecem o serviço gratuito para seus funcionários. Severino Félix da Silva continua investindo no negócio e tem planos para se consolidar como a principal rede de apoio educacional do país. Para o segundo semestre deste ano, os alunos cadastrados terão acesso a uma plataforma que adapta os conteúdos oferecidos de acordo com o seu desempenho e perfil.

Fonte: revistapegn.globo.com

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião da educbr


Sobre o autor

Monise Vieira

Graduanda em Comunicação Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Experiência como Social Media e assessoria de comunicação em: – AIESEC (Association Internationale des Etudiants en Sciences Economiques et Commerciales) – Faculdade de Comunicação Social (UFJF) - Futuro Comunicação - Agência de Marketing Digital e Desenvolvimento web - Secretaria de Desevolvimento Social da Prefeitura de Juiz de Fora QUALIFICAÇÕES E ATIVIDADES COMPLEMENTARES • Inglês – Intermediário • Francês – Básico • Trabalho voluntário como professora de reforço para crianças na ABAN Juiz de Fora (Associação dos Amigos) • Intercâmbio estudantil na Universidade da Beira Interior - Portugal (1º semestre 2014/2015)


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